Café Tirol - Santa Olímpia
Quem Somos
  • Café TirolOpen or Close

    Em 2010, surgiu à ideia de criar um local onde as pessoas pudessem encontrar um ambiente agradável, repleto de cultura, tomar um bom café e passar horas conversando com seus amigos. Surge, então, o CAFÉ TIROL, localizado no bairro Santa Olímpia pertencente à Colônia Tirolesa de Piracicaba.

    Inicialmente o local era pequeno e acolhedor. Visitantes e moradores podiam encontrar, além das bebidas tradicionais, produtos fabricados na Colônia Tirolesa de Piracicaba.

    Mais tarde em 2013, ocorreu a ampliação do local nos moldes das cafeterias tirolesas, com decoração típica e o cultivo de parreiras que dão um toque especial ao local.

    Hoje, os visitantes podem além de apreciar as bebidas e sobremesas de um café tirolês, conhecer a loja de produtos típicos (mel, geléias, doces, vinhos, cervejas artesanais, licores e artesanato típicos), participar de jantares temáticos, passeios típicos, e efetuar reservas para datas comemorativas (aniversários, empresas, dentre outros).

  • Santa OlímpiaOpen or Close

    A primeira impressão de alguém que chega à Santa Olímpia é ter encontrado em meio ao verde da paisagem, uma pequena aldeia de montanha europeia com igreja central, rodeada por uma ampla e tranquila praça com uma fonte construída nos moldes europeus e enfeitada com belas flores.

    Esta bela e romântica aparência também reflete o modo de viver de seus habitantes, gente simples e muito alegre, que mantém em terras paulistas a sinceridade e hospitalidade dos tiroleses.

    Junto à praça é possível ouvir entre uma conversa e outra o dialeto trentino, ainda falado pelos moradores, e não apenas pelos mais velhos, mas também por jovens e crianças, preservando com muita estima a língua de seus antepassados.

  • HistóriaOpen or Close

    No século XIX, a Província de Trento, pertencente ao Império Austro-Húngaro, constituía-se na principal rota de comércio com a Europa Central, ocasionando em decorrência desta característica o início dos conflitos pela unificação da Itália.

    Junto com as guerras vieram a fome, o excesso de mão de obra camponesa e a falta de emprego, e em face destes problemas muitas famílias resolveram seguir as promessas da legendária América, motivadas pela campanha que o Governo Imperial Brasileiro realizava na Europa para intensificar a imigração e a colonização do país.

    Incentivados pela família Stenico de Romagnano que estava no Brasil desde 1877, outros seguiram o mesmo caminho. Em dezembro de 1881, deixaram o Tirol as famílias: Correr, Forti, Brunelli e Pompermayer de Romagnano, Degasperi de Sardagna, Cristofoletti de Cortezano, e chegaram ao Rio de Janeiro em 24 de dezembro e em Santos, no dia 31 de dezembro de 1881 com o navio Frankfurt de bandeira alemã. De Santos, seguiram para a Fazenda Sete Quedas de propriedade do Sr. Visconde de Indaiatuba na cidade de Campinas, na qual, trabalharam sob um regime de parceria. Com o término deste contrato, mudaram para Piracicaba para trabalharem na Fazenda Monte Alegre.

    Após quatro anos de árduo trabalho na Fazenda Monte Alegre, as famílias Correr, Cristofoletti, Stenico, Brunelli, Degasperi e Forti compraram um lote de terras em Piracicaba e, no dia 20 de novembro de 1892, fundaram na denominada Fazenda o Bairro Santa Olímpia.

  • Os tiroleses de língua italianaOpen or Close

    A região da Província Autônoma de Trento se encontra no extremo norte da Itália, em meio às montanhas Dolomitas, no início dos Alpes. Seus vales e montes encantam pelas belezas naturais e pela simpatia e simplicidade do povo trentino.

    Politicamente, a Província Autônoma de Trento se encontra unida à Província Autônoma de Bolzano (Bozen), sendo hoje oficialmente chamadas Região Trentino-Alto Adige; juntas são a porção meridional do antigo Tirol do Sul, unido ao Tirol austríaco até 1918. Sua principal característica é que a língua do Trentino é historicamente a italiana, enquanto a das demais regiões é a alemã.

    Trentinos

    É na região trentina que se pode notar uma verdadeira mescla cultural ítalo-germânica, já que nas demais regiões tirolesas a língua principal é a alemã.

    Na Colônia Tirolesa de Piracicaba, a mescla destas culturas fica muito evidente, como é o caso do dialeto trentino que possui 85% de influência italiana e 15% alemã, o que ocorre inversamente na gastronomia sendo 85% de influência austríaca e 15% italiana.

  • Ti te parli tirolesOpen or Close

    Quem escuta uma conversa entre os moradores mais velhos do bairro Santa Olímpia percebe que eles geralmente falam entre si em outro idioma. O dialeto trentino (também chamado tirolês) sobrevive no bairro há mais de um século, mantido na Colônia Tirolesa de Piracicaba, nos bairros de Santa Olímpia e Santana desde a imigração. Trata-se de um dialeto antigo, que sofreu influências das línguas faladas na região alpina do Tirol: os antigos dialetos galoitálicos (lombardo e veneto), o ladino (língua minoritária ainda falada nos Alpes) e o alemão (bávaro). No Trentino atual, a maioria da população fala o italiano (e o dialeto trentino), seguido do alemão e do ladino.

    Provérbios trentinos:

    Se ciàpa pù ómini co' na góza de vin che con en barìl de lat.
    (Junta-se mais homens com uma gota de vinho que um barril de leite)

    L´ultim bichér de vin l´èi quel che mbriàga!
    ( O último copo de vinho é o que embriaga)

    Ntéla cà del zéndro, và de sàbo e caminha de véndro.
    (Na casa do genro se chega de sábado e se volta na sexta)

    Grópi, seradüre e dòne, bisogn törli co' le boné.
    (Nós, fechaduras e mulheres são tratadas com delicadeza)

    El furbo 'l as fàr da gnàro, el gnàro no l'èi bon de fàr da furbo.
    (O esperto sabe se fazer de bobo, mas o bobo não sabe se fazer de esperto)

    A tüti ghe piàze véder ei màti ntèla piàza, bàsta che ei no sìa de la so ràza.
    (A todos alegra ver os loucos na praça, desde que não sejam os da sua família)

    El san 'l völ zènto ròbe, el malà na sola.
    (O saudável que cem coisas, o doente uma só)

    Se te vöi savér la verità, vai dal pù picol de la cà.
    (Se quer saber a verdade, pergunte ao menor da casa)

    Pù vècio el bèch, pù dur el corn!
    (Quanto mais velho o bode, mais duro o chifre)